segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

"Não sei ver o mundo atrás das cortinas, dessa falsa proteção.
Eu preciso do perigo, da incerteza, da alma em festa,
preciso da vida bagunçando meus cabelos
como se eu fosse feita de vento."

(Renata Fagundes)




Postado no fotolog dia 09/02/11, e ainda me serve perfeitamente como se tivesse feito ontem!

Por muito tempo me perguntei quem eu realmente era, a meiga ou a rude, a simpática ou a anti-social, a sorridente ou a seria, a decidida ou a insegura, entre muitas outras indagações. Eu descobri que eu sou todas elas. Em mim moram muuuuuitos adjetivos, não adianta você não vai conseguir acompanhar todos eles. Mas é que eu ainda tenho medo de confundir as pessoas com todos esses adjetivos. Parei de tentar me encontrar, eu vou me mostrar cada vez mais, porque só quem se mostra se encontra. Dentre todas essas que eu sou uma delas e impulsiva. Não sou indiferente a nada, tudo me toca. Só consigo agir a partir de alguma emoção. Se eu parar pra pensar... Eu paro e não ajo. Ação pra mim tem que ser no calor do momento. Com a pele arrepiada e a voz sobressaltada. Esse meu jeito me faz cometer erros, e repetir inúmeras vezes desculpa-eu-me-precipitei. É só desse jeito que eu sei ser. Sim eu falo alto! Mas se eu não grito eu morro. Não me importo com o que os OUTROS vão pensar, mas se é alguém que gosto, que pensa errado de mim, corro a concertar. Não quero nada inacabado, mal dito, ou mal compreendido. Se eu me explicar, não é porque te devo satisfação, mas porque eu te amo, e a opinião das pessoas que amo importa, quer acreditem depois de explicado ou não. Aprecio gargalhadas, altas, sonoras, sinceras, risadas contidas me entediam. Sempre apreciei riscos, fortes emoções, o coração acelerado, as pernas doendo e os pés dormentes de tanto dançar. Cansei de mergulhar sem ter medo de me afogar. Mas sabe esse meu jeitinho de vamos-depois-a-gente-ve-a-merda-que-vai-dar, sempre volta. Apesar disso não se enganem, eu posso ser muito moralista... Ou não. E como diria Clarice Lispector... "Se eu não me amar, estarei perdida - porque ninguém me ama a ponto de ser eu, de me ser."

(Patrícia Fizler e outros)

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